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quarta-feira, 1 de julho de 2009

Verdades

- Essa historia aconteceu com Camila Brito -

Mais uma vez aqui, apreciando o niilismo da noite, o vai e vem das nuvens, o cintilar das estrelas, na minha acompanhada noite de ausência.
Essa noite que parece não acabar... Como é larga a noite de quem espera algo, mais larga ainda quando não se sabe o que esperar. Assim estava eu, esperando algo em algum lugar. Resolvi sair então, curtir um pouco a noite e esquecer - ou tentar esquecer - a minha companhia singular.
Entrei no primeiro lugar que encontrei para apenas passar um momento, beber algo e nada mais, ignorava os olhares que vinham em minha direção, pensava no meu namorado que estava de viagem em outra cidade, ignorei cantadas, ignorei a noite, mas não um simples drink que me foi oferecido por um jovem e belo rapaz.
Ele me olhava com olhos lânguidos, não tinha como fugir de seu olhar arrebatador, e foi inevitável o óbvio: que beijo! “Qual o seu nome? perguntei. “Agripino. E o seu?”Antes de responder cai em um mar de risos e não conseguia me conter, e ele me olhava perplexo, incrédulo com minha reação; contudo a “má impressão” que gerei com minha impulsiva gargalhada se desfez e nos fizemos companhia... e sua atenção supriu a ausência que afligia meus sentidos naquele momento.
Telefones trocados, meu celular tocou no dia seguinte. “Vamos nos ver? Que tal um jantar na minha casa?”, disse. Eu sequer poderia imaginar que seu interesse persistira, pois foi algo tão fugaz... “Não, não... tenho namorado e eu o amo.” Tanto o amo que irei contar toda a verdade, não é justo omitir o que aconteceu.
Engano desfeito, porém algo roía por dentro... Consciência.
Quando ele chegou de viagem, fiz o que minha consciência mandava e resolvi abrir o jogo. Não foi fácil: gaguejei, faltaram palavras, mudei de assunto... Enfim tudo aconteceu antes da revelação, mas sem que percebesse elas saíram: “Eu te trai.” Ele nada fez ou falou por um minuto, e várias coisas passaram pela minha cabeça... O que iria fazer? Pensar? O que aconteceria dali em diante?
Passado esse tempo ele me fita muito sério e fala: “Então estamos quites, também te traí.” Evidente que ele não reagiu assim de forma tão benevolente e com palavras assim tão afáveis, mas essas traduzem bem o que aconteceu. Veio a separação, entretanto fiquei feliz por ter feito o certo depois do errado.

- Por Bruno Mota e Néia Macedo -

4 comentários:

Néia Macedo disse...

Bruno, sólo tu para animarme a tomar parte del proyecto... :D

Gracias, mi amigo poeta!

PD: Cami, la idea fue toda de nuestro poeta... sólo me metí las patas un poquito... jajaja

Besos a los dos! muack

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Ahhh que perfeito!!!

Obrigado amigos...

beijos Néia e Bruno vcs são d+

Edi disse...

Migaa, estamos bem d vida sentimental, hein?!! kkkk

E Néia e Bruno arrasando cm sempree!!

Amoo muitO!!