- Essa história aconteceu com Edilza Araújo -
A lua já não era mais vista, encoberta por algumas nuvens, prenuncio de uma noite fria de chuva, ideal para ficar em casa enrolada em um belo cobertor, mas não onde a noite não para, onde o frio era afugentado com o calor da dança, do beijo...
Já não agüentava mais ficar naquela solidão em uma noite de frio e aproveitei a oportunidade para esquentá-la um pouco. Mas meu receio veio à tona novamente, receio de perder antes de ganhar, de me machucar tentando ser feliz, tentando ser como a sociedade quer que sejamos. Não procurava naquela festa o amor da minha vida, ou a paixão arrebatadora da minha alma, mas sim uma pessoa em que pudesse confiar que não tivesse medo de perder, enfim queria ser feliz aquela noite, esquecer a realidade, fugir dos problemas, ser como a lua que se esconde atrás da nuvem, mas que sempre está lá.
Quando procuramos com demasia uma coisa nunca encontramos, mas sempre encontramos o que não estávamos procurando, e foi isso o que aconteceu. Procurei em vão essa nuvem para me apoiar com um olhar longínquo, mas encontrei-a do meu lado, talvez também procurando sua nuvem.
“vamos dançar”. Falei. “claro”. Tudo começou com essa dança, ele não era o modelo dos padrões de beleza, não os que a mídia em geral faz você pensar que é, porém fiquei feliz, o medo de perder veio à mente novamente, com ele talvez fosse diferente, no calor da dança nos beijamos. A lua já aparecera novamente quando me afastei um pouco para beber algo, ao voltar vi minha teoria caí por terra, aquele que afugentou meu frio estava agora afugentando o de outra. Apenas olhei para me certificar e bebi na tentativa de esfriar o calor que tanto havia buscado.
- Por Bruno Mota Pinheiro-
Nós às vezes temos medo de perder o que não temos, de tentar prever o que pode acontecer com hipóteses impostas pela sociedade, um receio de algo que não existe a não ser na mente de quem aceita essa imposição.
A lua já não era mais vista, encoberta por algumas nuvens, prenuncio de uma noite fria de chuva, ideal para ficar em casa enrolada em um belo cobertor, mas não onde a noite não para, onde o frio era afugentado com o calor da dança, do beijo...
Já não agüentava mais ficar naquela solidão em uma noite de frio e aproveitei a oportunidade para esquentá-la um pouco. Mas meu receio veio à tona novamente, receio de perder antes de ganhar, de me machucar tentando ser feliz, tentando ser como a sociedade quer que sejamos. Não procurava naquela festa o amor da minha vida, ou a paixão arrebatadora da minha alma, mas sim uma pessoa em que pudesse confiar que não tivesse medo de perder, enfim queria ser feliz aquela noite, esquecer a realidade, fugir dos problemas, ser como a lua que se esconde atrás da nuvem, mas que sempre está lá.
Quando procuramos com demasia uma coisa nunca encontramos, mas sempre encontramos o que não estávamos procurando, e foi isso o que aconteceu. Procurei em vão essa nuvem para me apoiar com um olhar longínquo, mas encontrei-a do meu lado, talvez também procurando sua nuvem.
“vamos dançar”. Falei. “claro”. Tudo começou com essa dança, ele não era o modelo dos padrões de beleza, não os que a mídia em geral faz você pensar que é, porém fiquei feliz, o medo de perder veio à mente novamente, com ele talvez fosse diferente, no calor da dança nos beijamos. A lua já aparecera novamente quando me afastei um pouco para beber algo, ao voltar vi minha teoria caí por terra, aquele que afugentou meu frio estava agora afugentando o de outra. Apenas olhei para me certificar e bebi na tentativa de esfriar o calor que tanto havia buscado.
- Por Bruno Mota Pinheiro-